yôga: sagrado, violado ou violento?

Conseguirei sair deste filme?!


“A vida é um labirinto onde a perseguição é a própria fuga!”

Dizem que Yôga é uma palavra sagrada! Ou seria violada? Eu diria que é…violenta!

A palavra até é bonita. Pequena, equilibrada, sonora. Um autêntico slogan! E como todo o bom slogan é repetida até exaustão! E perde o significado. É mais um mantra. O mantra!

É utilizada por tanta gente, há tanto tempo, em tantos locais, em tantas culturas, para tantos fins que, dizê-la, agora, é como dizer: hum hum! hum hum o quê? O que você quiser!

Não tinha capacidade de angariar tanto poder, e foi destruída por ele, através desse grande corrosivo chamado: banalidade!

Na realidade o significado da palavra, e os links mentais, emocionais e visuais que a palavra despoleta são tão díspares e antagónicos que é impossível usá-la sem ter a sensação de roleta russa! Será que me vão beijar ou cuspir após eu dizer que me dedico a tal coisa?!

Para mim a palavra significa união/integração e conecta-me com filosofia. Ponto. Filosofia, para mim, é auto-conhecimento. Ponto. E ao mesmo tempo conecta-me com uma pratica de um conjunto técnico que, de forma directa ou indirecta, estimula e direcciona essa filosofia. Ponto.

Infelizmente eu pareço fazer parte de um número muito reduzido e pouco importante no que se refere a sinapses relativas a esta palavra.

Para um número mais amplo a mesma palavra aflora outras coisas. Tipo: contorcionismo; “terapias alternativas”; devoção mística; ovnis; ginásticas orientais; poderes mágicos; gerontologia; urinoterapia; risoterapia; homens estátua; hippies; espiritualismos de tipos variados; telecinésia; adivinhação; astrologias; Budismos; hipnose; psicologias varias; sexo; celibato; adoração de deuses hindus; paranóias e fanatismo pró e contra gurus, suas escolas, obras e discípulos; etc. Para muitos é uma mescla de tudo isso, afinal, está muito em voga…unir! (Ou seria fundir? Os neurónios…)

Algumas dessas coisas até me parecem interessantes. Umas poucas até me fascinam. A todas procuro respeitar nas suas individualidades e diferenças. Agora que me confundam com esse tipo de coisas e gentes só porque uso a mesma palavra, sinceramente, agride-me.

Como estou em minoria, e eu é que estou mal, sigo o mandamento popular que sugere: “se estás mal muda-te!” E aos poucos é o que farei…Aos poucos porque a inércia e o vício ainda me fazem usar e repetir o mantra fatal. Não há obrigação nem pressa.

Peço aos meus amigos ajuda neste descondicionamento. E aos outros por não a conseguir fazer mais rápido. Perdoem-me por “sujar-vos” com as minhas tendências (meramente) filosóficas!

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